sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Casa Cor 2015

Terminada há aproximadamente um mês, fiz um balanço sobre as diferenças dos eventos passados e as tendências para este ano.
Aparentemente ocupando um espaço menor que nas edições anteriores não deixou a desejar na qualidade dos projetos, porém por se tratar de uma exposição pecaram muito na qualidade dos acabamentos e nas instalações gerais. Me pareceu não haver comunicação entre os criadores dos projetos, os fornecedores e os executores/instaladores.
Neste ano, notei que existia maior variedade de gostos, opiniões, personalidade e criatividade por parte dos arquitetos, sem medo de errar, até os mais famosos ousaram sem pesar (para maior entendimento ler post 'A diferença está no detalhe' Janeiro/2014), além de deixar o espectador com um leque maior para suas escolhas pessoais, argumentos e debates.
Para as tendências, notei muitas pedras em revestimentos, cristais (sempre desejados) e a madeira que aquece.
Quanto às cores, o neutro prevalece mesclado com cores quentes e fortes (Laranja/ Verde/ Amarelo). O comentadíssimo Vintage permanece misturando as décadas entre si.
Sobre as formas, as curvas que sempre darão leveza a qualquer projeto são abundantes.
Muitas cabeças animais foram utilizadas, não sei dizer se embalsamadas ou 'fake', mas ainda assim repetitivas.
Nesta edição os projetos foram muito mais realistas e atingíveis por um ser humano e não mais alienados nas demonstrações de ego.
Porém algo me chamou muito a atenção e na era do 'politicamente correto' (que muitas vezes acho impertinente), me pareceu incorreto. Um cavalo gigantesco num espaço micro para sua proporção, além de um feto de cavalo ‘em conserva’. Este, desnecessário para o grande público.
Vale lembrar que na arquitetura trabalhamos com verdades e o parágrafo acima retrata apenas minha opinião.

























Rosangela Rodrigues | Arquiteta