Terminada há aproximadamente um mês, fiz
um balanço sobre as diferenças dos eventos passados e as tendências para este ano.
Aparentemente ocupando um espaço menor que
nas edições anteriores não deixou a desejar na qualidade dos projetos, porém
por se tratar de uma exposição pecaram muito na qualidade dos acabamentos e nas
instalações gerais. Me pareceu não haver comunicação entre os criadores dos
projetos, os fornecedores e os executores/instaladores.
Neste ano, notei que existia maior
variedade de gostos, opiniões, personalidade e criatividade por parte dos
arquitetos, sem medo de errar, até os mais famosos ousaram sem pesar (para maior entendimento ler
post 'A diferença está no detalhe' Janeiro/2014), além de deixar o espectador com um
leque maior para suas escolhas pessoais, argumentos e debates.
Para as tendências, notei muitas pedras em
revestimentos, cristais (sempre desejados) e a madeira que aquece.
Quanto às cores, o neutro prevalece
mesclado com cores quentes e fortes (Laranja/ Verde/ Amarelo). O comentadíssimo
Vintage permanece misturando as décadas entre si.
Sobre as formas, as curvas que
sempre darão leveza a qualquer projeto são abundantes.
Muitas cabeças animais foram utilizadas, não sei dizer se embalsamadas ou 'fake', mas ainda assim repetitivas.
Nesta edição os projetos foram muito mais
realistas e atingíveis por um ser humano e não mais alienados nas demonstrações
de ego.
Porém algo me chamou muito a atenção e na
era do 'politicamente correto' (que muitas vezes acho impertinente), me pareceu
incorreto. Um cavalo gigantesco num espaço micro para sua proporção, além de um
feto de cavalo ‘em conserva’. Este, desnecessário para o grande público.
Vale lembrar que na arquitetura trabalhamos
com verdades e o parágrafo acima retrata apenas minha opinião.
Rosangela Rodrigues | Arquiteta